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Tratamento cirúrgico versus transcateter para estenose aórtica. Resumo artigo DEDICATE-DZHK6


Nesse artigo iremos resumir o estudo que comparou tratamento cirúrgico versus transcateter para estenose aórtica em pacientes com baixo risco ou risco cirúrgico intermediário.


Título:

Tratamento cirúrgico versus transcateter para estenose aórtica.


Revista:

The New England Journal of medicine


Objetivo:

Comparar cirurgia versus TAVI em pacientes com risco cirúrgico baixo ou intermediário e que eram elegíveis para ambas estratégias.


Grupos:

-Cirurgia: N 713

-TAVI: N 701


Método

-Randomizado

-Multicêntrico

-Não inferioridade

-Princípio intention to treat

-Período de recrutamento:2017-2022


Seguimento: 1 ano


Critérios de inclusão:

-Idade >65 anos

-Estenose aórtica grave sintomática

-Risco cirúrgico baixo ou intermediário

-Paciente elegíveis para ambos os procedimentos.


Critérios de exclusão:

-DAC não tratada e clinicamente significante

-Cirurgia Cardíaca prévia

-Válvula aórtica bicúspide ou outra doença valvar


Características basais:

As características basais foram semelhantes entre os grupos no que diz respeito idade, sexo, HAS, DAC, diabetes, IAM prévio, FA, NYHA ≥III, Bloqueio de ramo esquerdo, EuroSCORE II e FEVE.


Desfecho primário:

Morte por qualquer causa ou AVC em 1 ano.


Desfechos secundários:

Morte por qualquer causa; AVC; insuficiência renal, arritimias, implante de marca-passo, disfunção de prótese valvar, complicações vasculares.


No desfecho primário a TAVI apresentou 5.4%, já a cirurgia apresentou 10%. (IC 95% - 0.53 (0.35-0.79)). Quando falamos da morte por qualquer causa a TAVI apresentou 2.6% já a cirurgia apresentou 6.2 ( IC 95% - 0.43 (0.24-0.73)). Avaliando AVC a TAVI apresentou 2.9%, já a cirurgia 4.7% (IC 95% - 0.61 (0.35 - 1.06)) Avaliando disfunção prótese valvar, a TAVI apresentou 1.6, já a cirurgia 0.6% (IC 95%- 2.44 (0.87-8.15)). Quando avaliamos as complicações vasculares a TAVI apresentou 7.9, já a cirurgia 0.7 (IC 95% - 10.64 (4.84-28.94)) e por último foi avaliado o implante de marcapasso, onde a TAVI apresentou 11,8% e a cirurgia 6.7% de implante (IC 95% - 1.81 (1.27-2.61)).




Limitações do estudo:

As principais limitações do estudo:

  1. As análises de não inferioridade pré-especificadas foram limitadas a 1 ano de acompanhamento. Portanto, as análises não podem ser extrapoladas para longo prazo.

  2. Houve crossover de 70 pacientes do grupo cirurgia para o grupo TAVI.

  3. Pacientes com valvas bicúspides e aqueles que necessitaram de cirurgia concomitante foram excluídos e portanto, os resultados deste estudo não se aplicam a tais pacientes.


Conclusão

Em pacientes com estenose aórtica grave com risco cirúrgico baixo ou intermediário, TAVI foi não-inferior á cirurgia em relação à morte por qualquer causa ou acidente vascular cerebral em 1 anos.


Referência Bibliográfica:





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