Anticoagulação ou antiagregante plaquetário na TAVI?
Vamos descrever de forma rápida e objetiva o passo a passo para avaliarmos a necessidade ou não de anticoagulação ou antiagregante plaquetário na TAVI. Utilizaremos nesse texto a atualização de 2020 das diretrizes brasileira de valvopatias.
Primeiramente é importante avaliar qual ritmo do paciente:
Fibrilação atrial.
Ritmo sinusal.
Após devemos avaliar se esse paciente possui angioplastia com stent (doença arterial coronáriana crônica).
Com angioplastia
Sem angioplastia
Sendo assim teremos 4 recomendações:
Fibrilação atrial sem angioplastia
Ritmo sinusal sem angioplastia
Ritmo sinusal com angioplastia
Fibrilação atrial com angioplastia
1. TAVI + Fibrilação atrial e sem angioplastia:
Varfarin: CLASSE I B
DOACs: CLASSE IIb C
AAS + Clopidogrel: CLASSE II B
AAS: CLASSE III C
2. TAVI + Ritmo sinusal e sem angioplastia:
Varfarin: CLASSE III B
DOACS: CLASSE III B
AAS ou Clopidogrel INDEFINIDAMENTE: CLASSE IIa B
AAS + clopidogrel 3-6 meses: CLASSE IIb B
3. TAVI + Ritmo sinusal com angioplastia:
AAS + Clopidogrel até 12 meses conforme tipo de stent: CLASSE IIa C
4. TAVI + Fibrilação atrial e com angioplastia:
DOACS + Clopidogrel: CLASSE IIa C
Varfarin + AAS + Clopidogrel 1m, seguido de varfarin + clopidogrel até 12m: CLASSE IIb C
Em resumo:
Referência Bibliográfica:
Atualização das Diretrizes Brasileiras de Valvopatias – 2020, página 756.
Achei que o item 2 e 3 ficaram confusos. Se na TAVI sozinha se usa antiagregação, com uma droga indefinidamente, porque com ATC só usaria a dupla por 12 meses? Não deveria após esse período ficar com uma das drogas indefinidamente?